Há quatro anos, a jovem empreendedora Paula Morais, 28, decidiu criar uma startup depois de sentir falta de causar impacto com o seu trabalho e construir algo para o ecossistema de inovação. Ao lado de Augusto Frazão e Juliano Tebinka (ex-MadeiraMadeira), ela fundou a Intera, HRTech focada em soluções para o recrutamento de profissionais de tecnologia.
Nesta terça-feira (2/8), a empresa anuncia que recebeu um aporte de R$ 9,8 milhões em rodada seed liderada pela Citrino Ventures.
Bolsista da Fundação Estudar, ela conheceu modelos de negócio voltados à formação de profissionais para tecnologia quando estava nos Estados Unidos e se inspirou. “Eu sabia da falta de mão de obra qualificada no Brasil para este segmento. Queria unir educação, que amo e que mexe com a vida das pessoas, a um mercado em expansão”, relembra. Ao voltar para o Brasil, abriu uma escola para formar profissionais de back-end, front-end e full stack em Feira de Santana, na Bahia.
O negócio não se mostrou sustentável financeiramente, e a empreendedora precisou pivotar. Em vez de formação, passou a focar em empregabilidade, outro ponto importante para o mercado de tecnologia. Para escalar o negócio, utilizou o background em vendas e marketing digital e aplicou em recrutamento.
Com os sócios, criou o software InHire, voltado para o hunting (busca por profissionais capacitados) no LinkedIn. A partir de uma extensão para o Google Chrome, ele ajuda os recrutadores a encontrar os perfis mais qualificados para as vagas abertas, trazendo inteligência de dados e potencializando o trabalho destes profissionais. “O software consegue munir recrutadores, gestores e clientes com dados sobre o processo seletivo, trazendo visibilidade sobre o que está acontecendo”, explica a fundadora.
Eles perceberam que as trocas entre recrutadores e gestores precisavam de mais fluidez e, principalmente, informação para tomar decisões mais assertivas. Como o mercado de tecnologia está aquecido, com mais vagas do que profissionais para ocupá-las, a busca por novos contratados precisa ser ativa – e é neste ponto que a empreendedora afirma que faltava método, inteligência e previsibilidade.
“Ficavam na esperança de um dia conseguir preencher a vaga. Em vendas e marketing digital não existe isso de ‘uma hora eu vendo’. Existe método e tecnologia para atrair o consumidor e converter em vendas. Queremos trazer isso para recrutamento e seleção”, aponta. A tecnologia atua como um pré-ATS (Application Tracking System, ou software de rastreamento de candidatos), ajudando o recrutador a localizar e contatar potenciais candidatos no LinkedIn. Depois dessa etapa, o processo seletivo pode iniciar no ATS utilizado pela empresa. Um exemplo é a plataforma Gupy.
Há cerca de dois anos, a startup realizou uma rodada de investimento pré-seed com um pool de investidores-anjo e levantou R$ 2,5 milhões. O valor foi usado para criar o MVP do software, que começou a ser utilizado em janeiro de 2022. Agora, alguns dos investidores iniciais fizeram um follow-on, .. leia mais em PEGN 02/08/2022
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